-
Imprensa
CHTP promove curso de fotografia e vídeo em comunidades indígenas
Cerca de 60 representantes dos povos Kayabi, Munduruku e Apiaká da região do baixo Teles Pires participaram do curso de Fotografia e Vídeo realizado pela Companhia Hidrelétrica Teles Pires (CHTP) em parceria com o Grupo de Aplicação Interdisciplinar a Aprendizagem (Gaia) ao longo de 2015.
Publicado em 17.11.2015 às 11h57
Fonte: UHE Teles Pires / Assessoria de Comunicação
A capacitação de 170 horas foi dividida em três módulos. "Procuramos passar o básico de edição, fotografia e filmagem profissional para que eles possam registrar o dia a dia, reuniões, eventos e a tradição de uma forma útil para eles", explicou o instrutor do curso, Rodrigo Gomes.
Além do curso, a CHTP disponibilizou por meio do Programa de Educação Ambiental Indígena duas filmadores e duas câmeras fotográficas semiprofissional e profissional para cada etnia. "Durante o curso eles registraram imagens do cotidiano das aldeias e editaram esse material para expor numa mostra realizada nas aldeias polos Mayrowi, Teles Pires e Kururuzinho com fotos que representam a tradição, os rios, animais, os moradores dessas comunidades e paisagens que compõem o cenário da região, além da elaboração de documentários de curta-metragem que foram apresentados durante a Mostra", destacou a coordenadora de Socioeconomia da CHTP, Marcileny Miranda. Os vídeos abordaram os temas Nosso Rio, Nossa Vida! (povo Kayabi), A Origem do Povo Apiaká (Apiaká) e O Mito Tradicional da História do Jabuti (Munduruku).
As atividades tiveram o objetivo de apoiar reflexões a respeito da sustentabilidade ambiental e da relação entre meio ambiente, cultura, história, patrimônio, saúde e sociedade. O aluno Walter Saw Munduruku, fala da importância de ter equipamentos e saber tirar fotos e realizar filmagens para preservar a história da população indígena. "A gente precisa fazer filmagem, bater fotos do rio, das reuniões, da natureza, da nossa cultura para guardar e mostrar para os nossos netos para não sumir nossa história", disse Walter.
As fotos tiradas pelos alunos também se transformaram em desenhos e formaram um livro de colorir que foi distribuído nas escolas das aldeias polos para crianças de 07 a 12 anos. "Elas vão identificar em sala de aula, situações do lugar onde moram, das tradições e poderão desenvolver além da pintura, outras atividades com base nesse livro", destacou Marcileny Miranda.