A Companhia Hidrelétrica Teles Pires (CHTP) realiza no município de Paranaíta o monitoramento entomológico nas zonas urbana e rural. Este trabalho tem por objetivo identificar as áreas de maior incidência de vetores (mosquitos) da dengue, malária e leishmaniose. O trabalho será executado pelos próximos dozes meses. A empresa Ecosistema Engenharia foi contratada para desenvolver a ação. Este trabalho faz parte do Programa de Controle e Prevenção de Doenças (P.29) e Plano de Ação e Controle da Malária (P.30) do Projeto Básico Ambiental (PBA) da UHE Teles Pires.De acordo com o Coordenador de Saúde da Gerência de Socioeconomia da CHTP, Vitor Carvalho, as informações coletadas serão disponibilizadas para o Ministério da Saúde e Secretaria Municipal de Saúde de Paranaíta. "Com as informações em mãos,  os trabalhos poderão ser potencializados”. Serão elaborados relatórios trimestrais. Segundo o coordenador, por ser uma região endêmica, este trabalho irá nortear as ações do Poder Público no combate a dengue, malária e leishmaniose.De acordo com o Consultor Técnico da Ecosistema, Isaias Lopes Oliveira, no primeiro trabalho de educação e saúde, onde foram entregues folders com informações e orientações de como se evitar criadouros, foram visitadas aproximadamente  1.300 residências. Terrenos baldios e estabelecimentos comerciais também foram atendidos. Estão sendo colocadas 50 armadilhas do tipo ouvitrampas – que consiste em um copo com água que contém um atrativo. Dentro deste copo está uma paleta identificada, onde o mosquito será atraído. O material é coletado semanalmente para análise laboratorial.A metodologia utilizada é a recomendada pelo Ministério da Saúde, que estabelece a utilização de 50 armadilhas para cidades de até 50 mil habitantes. Todas as armadilhas instaladas serão georreferenciadas. Trimestralmente serão elaborados relatórios com os dados coletados.Para Maria dos Reis Nogueira, 82, que há 30 reside em Paranaíta, combater a dengue é dever de todos. "Sempre limpo o meu quintal e procuro conversar com os meus vizinhos. Temos que colaborar”. Ainda de acordo com a moradora, apesar do perigo, algumas pessoas ainda são indiferentes sobre o assunto. "Tem gente que não liga, por isso estou sempre cobrando", finaliza.