-
Imprensa
Pescadores da área de abrangência da UHE Teles Pires participam de reunião pública
Publicado em 23.08.2013 às 19h43
Fonte: UHE Teles Pires / Assessoria de Comunicação
Representantes da colônia de pescadores Z-16, que atuam na área de abrangência da Usina Hidrelétrica Teles Pires, participaram de reunião promovida pela Companhia Hidrelétrica Teles Pires. O encontro, realizado no dia 20 de agosto, serviu para debater e esclarecer dúvidas sobre a legislação que regula a atividade pesqueira, o cronograma de enchimento do reservatório, a metodologia de trabalho do programa de monitoramento da atividade pesqueira, deslocamento de peixes após o desvio do rio, proibição da pesca de piraíbas, remoção de benfeitorias, limites do reservatório e outros assuntos ligados ao empreendimento hidrelétrico.A reunião contou com a presença de representantes do empreendimento, da empresa de consultoria ambiental Mapsmut e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade que é uma autarquia vinculada ao Ministério do Meio Ambiente. O vice-presidente da colônia de pescadores, José Malici, disse que uma das principais preocupações da categoria está relacionada à escassez de peixes no rio, dificultando o exercício da profissão. "Queremos um acordo para garantir a renda das famílias de pescadores", pontuou.Segundo o gerente de Socioeconomia da Companhia Hidrelétrica Teles Pires, Alysson Miranda, o enchimento do reservatório não vai causar a morte de peixes, porque todo o processo é realizado com base em estudos técnicos, realizados antes, durante e após o enchimento do lago. Para garantir a pesca na região, a Companhia iniciou, em 2012, o Programa de Monitoramento de Atividade Pesqueira. O monitoramento é feito atualmente pela empresa Mapsmut que, pelo estudo biológico, acompanha o tipo de peixe pescado, ponto de coleta, tamanho, entre outras características para montar o histórico das espécies e, também, realiza o monitoramento socioeconômico com levantamento da renda e qualidade de vida dos pescadores, despesas para exercer a profissão entre outras informações.Após o enchimento do reservatório da usina, o programa continuará sendo implementado por mais quatro anos. "Os relatórios são produzidos semestralmente e, por meio deles, podemos acompanhar se existem impactos. A partir daí, promovemos ações para adequar e fortalecer a atividade pesqueira", explica o gerente da Companhia.Os pescadores devem apresentar nos próximos dias uma pauta de proposições para ser avaliada. Segundo o diretor de Meio Ambiente, Marcos Duarte, a reunião é uma oportunidade para que sejam encontradas alternativas que atendam às expectativas dos pescadores e respeitem os requisitos técnicos do licenciamento ambiental do empreendimento.Durante a reunião, foi apresentada a Cartilha do Pescador - Direitos e Deveres. O material aborda, entre outros assuntos, a obtenção da Carteira Profissional de Pesca, regras de acesso ao rio e informações sobre a piracema – época em que a pesca é proibida por conta do período de reprodução de peixes.