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Pós-graduação prepara profissionais para o combate a violência contra crianças e adolescentes
Publicado em 18.12.2013 às 18h07
Fonte: UHE Teles Pires / Assessoria de Comunicação
A Companhia Hidrelétrica Teles Pires realizou, no mês de dezembro, o sexto módulo do curso de pós-graduação em Políticas Sociais de Enfrentamento da Violência e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, destinado aos profissionais que atuam nas áreas social, de segurança pública, saúde, educação e sociedade civil organizada nos municípios de Paranaíta e Alta Floresta.De acordo com o coordenador de Saúde da Gerência de Socioeconomia da Companhia Hidrelétrica Teles Pires, Vitor Carvalho, a pós-graduação é totalmente gratuita e oferece técnicas que vão auxiliar os alunos na identificação e no atendimento a crianças e adolescentes vítimas de violência, abuso e exploração sexual. "Nosso objetivo é fortalecer cada vez mais a rede de enfrentamento a violência, ao abuso e a exploração sexual contra crianças e adolescentes", explica o profissional.O curso iniciou no mês de junho e terá um total de 15 módulos presenciais, além de atividades extracurriculares. Durante as aulas, os alunos vão estudar o sistema de garantia de direitos e rede de proteção, libras, aspectos psicológicos da vítima e do agressor, acompanhar estatísticas e casos reais, entre outros conceitos e metodologias.O diretor da empresa Professor Fernandes Empreendimentos Educacionais – Profereeduc- de Rondonópolis, contratada para executar as atividades, Antônio Moraes, explica que após a formação, os alunos devem interagir com a sociedade e aplicar o aprendizado na prática. "Estamos preparando cerca de 60 profissionais para que atuem junto a sociedade, capacitem outras pessoas, realizando palestras e visitas as escolas e outros lugares que tenham crianças e adolescentes para que possamos atingir toda a população e, assim, formar uma rede de enfrentamento e prevenção ao abuso sexual e violência contra as crianças e adolescentes mais ampla", pontuou o profissional.A estudante do curso e assistente social, Isabel Rocha, conta que em 2008 a CPI da Pedofilia realizada pelo Senado, apontou que o município de Alta Floresta era o quarto colocado no Estado em casos de violência infanto-juvenil, e a pós-graduação veio de encontro a essa demanda. Ela ainda relata que já sente diferença no trabalho coletivo com aplicação das técnicas repassadas na pós-graduação sobre identificação, forma de acolher e atender as vítimas. "Na maioria das vezes o agressor é da família e a vítima não conta, porque dói muito falar que alguém que você ama te violentou, te machucou. A própria família não consegue acreditar e se torna difícil identificar os casos", destacou Isabel.De janeiro a novembro de 2013, o município de Paranaíta registrou 11 crimes que envolvem violência sexual. Desse total, sete casos foram com crianças e dois com adolescentes. O delegado de Polícia Civil do município, Arnon Osny Mendes, participa da pós-graduação e conta que o curso traz um importante aprimoramento técnico que deve ser difundido a outros profissionais para o atendimento as vítimas. "Hoje temos poucos profissionais habilitados para atender essas vítimas. Com o curso, nós passamos a conhecer melhor a função de outros órgãos e isso facilitou a comunicação e o trabalho integrado de combate e atendimento as crianças e adolescentes vítimas de violência e exploração sexual", relata.A pós-graduação é realizada em parceria com as prefeituras de Alta Floresta e Paranaíta.