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Série Retratos - Parte 04: A água da vida recuperada nas nascentes
Foi por falta de informação que a agricultora Rosineide dos Santos Rocha estava pouco a pouco vendo agonizar uma verdadeira mina de ouro em seu lote de terra na comunidade Nova União: uma nascente de água. Mas isso foi antes da chegada de uma das ações mais importantes do PRASP – a recuperação de nascentes.
Publicado em 04.04.2019 às 15h57
Fonte: UHE Teles Pires / Assessoria de Comunicação
Foi por falta de informação que a agricultora Rosineide dos Santos Rocha estava pouco a pouco vendo agonizar uma verdadeira mina de ouro em seu lote de terra na comunidade Nova União: uma nascente de água. Mas isso foi antes da chegada de uma das ações mais importantes do PRASP – a recuperação de nascentes. O Assentamento São Pedro tem mais de 600 delas, e 124 foram escolhidas para revitalização prioritária, por estarem em vias de extinção. Entre elas a que fica atrás de dois imponentes pés de buriti a menos de 50 passos da casa de Rosineide.
"Cheguei aqui há 14 anos e essa área já estava desmatada. Fui vendo a nascente diminuir dia a dia. Mas não tinha condições de fazer a recuperação. A chegada do projeto veio ajudar muito a mim, minha família e a toda a comunidade. É uma coisa muito preciosa. Essa nascente leva água pra minha casa e para o leito do rio, ajudando outras famílias e a natureza", conta Rosineide, que tem seis filhos e cinco netos. A nascente por trás dos pés de buritis é na verdade uma bacia com vários olhos que minam água o ano inteiro, e se juntam para formar um córrego que deságua no Rio Paranaíta, que por sua vez deságua no Rio Teles Pires. Por isso é considerada um símbolo do trabalho do PRASP na recuperação dessas fontes de água.
O primeiro passo para a recuperação de uma nascente é cercar a área para evitar a entrada de animais. Depois é feito o preparo do solo para o plantio de mudas frutíferas e florestais – todas nativas da região e vindas do viveiro do próprio assentamento. "Como essa nascente fica em uma descida, o objetivo é plantarmos essas espécies ao redor dela para protegê-la de insumos que possam deslizar pela encosta e causar seu assoreamento", explica a engenheira florestal Samara de Souza. Daqui a alguns meses, quando terminar a estação das águas, é provável que a nascente de Rosineide esteja cercada por outras espécies que façam companhia aos pés de buriti.